quinta-feira, 31 de julho de 2014

Escalas e acordes - como fazer?

Elementos formais da música: Intervalos musicais

O termo intervalo dentro da teoria musical é utilizado para designar a distância acústica entre dois sons. Os intervalos musicais têm as seguintes classificações:
 Melódico: sons sucessivos.

 



    Harmônicos: sons simultâneos.


 


Os intervalos melódicos são divididos em seis categorias:

Ascendente: quando a primeira nota é seguida de outra mais aguda.

 



Descendente: quando a primeira nota é seguida de outra mais grave.

 



Conjuntos: quando as notas que se sucedem são vizinhas diretas.

 



Disjuntos: quando as notas que se sucedem são vizinhas indiretas.




Simples: quando os intervalos encontram-se no âmbito de uma oitava.





Composto: quando o âmbito de uma oitava é excedido pelos intervalos.






Analise dos intervalos

Vamos analisar de acordo com as classificações e categorias que já vimos:
Aqui o intervalo é melódico, ascendente, disjunto e simples.





Abaixo temos um intervalo é harmônico, descendente (usamos como referencia a nota aguda), conjunto e simples.





Identificando os intervalos

Na música ocidental, o menor intervalo entre duas notas é o semitom, já o maior a oitava. Uma oitava é formada pela soma de 12 semitons dispostos de forma consecutiva. Esta organização recebe o nome de Escala Cromática.





Tipos de intervalos

Dentro de uma oitava podemos encontrar outros 11 intervalos menores. Os intervalos dentro da oitava podem ser:

·         Segundas; Terças; Quartas; Quintas; Sextas; Sétimas.
Elas também estão divididas em:

·         Maiores;
·         Menores;
·         Justos;
·         Diminutos;
·         Aumentados;
·         Tritono.
Eles recebem essas denominações de acordo com a distância acústicas da nota tomada como referencia e o número de semitons entre duas notas (no exemplo temos a nota Dó como referencia).

Muitas vezes, um intervalo com o mesmo número de semitons terá nomenclaturas diferentes, isso ocorrerá dependendo do contexto onde se encontra esse intervalo.

Inversão dos intervalos

A inversão dos intervalos musicais ocorre quando as notas de um intervalo mudam de posição em relação anota de referencia. Por exemplo: um intervalo ascendente tornasse descendente utilizando as mesmas notas.

Para facilitar a compreensão dos intervalos utilizamos cinco regras básicas:

·         Quando um intervalo maior é invertido ele se torna menor (e vice-versa);
·         O tritono não sofre inversão;
·         A inversão de um intervalo justo irá resultar em outro intervalo justo;
·         As 2ª ßà 7ª;     As 3ßà 6ª.                                                                                       
                               
A escala Maior

Uma escala é um conjunto de intervalos, onde usamos os semitons para organizar o local de cada nota na escala.



Na escala de maior temos setes notas, já os intervalos entre elas são os seguintes:



Essa sequência de tons e semitons irá forma todas as escalas maiores.

Acordes

Os acordes básicos, as tríades, são conjuntos de três notas de uma determinada escala “empilhados” em intervalos de terças Maiores e menores. Cada nota tem uma designação:

Tônica – dá nome é a nota (raiz) principal de um acorde;

Terça – determina se o acorde será maior ou menor;

Quinta – determina se o acorde será justo, aumentado ou diminuto.

Como empilhar as terças para forma uma acorde?

Vamos tomar como exemplo o acorde de Dó maior.  

Vamos pegar a escala de dó maior e sobrepor à nota dó.

 O acorde Maior é formado por uma terça Maior se guinda e uma terça menor. O acorde menor é o inverso 3ª menor seguida de uma 3ª Maior.

Exemplo: acorde de Ré menor.


“Tabua” dos acordes


Campo Harmônico


São os acordes formados sobre as notas de uma determinada escala (no exemplo temos a escala de Dó Maior). Formando o conjunto de acordes usados em uma determinada tonalidade.


Monodia Secular séculos XI à XIII: Goliardos; Troubadours; Trouvères; Minnersänger e Meistersinger

Monodia Secular séculos XI à XIII: Goliardos; Troubadours; Trouvères; Minnersänger e Meistersinger

Por volta do século XI, com a afirmação das monarquias nacionais, se inicia o renascimento econômico da Europa. As cidades voltam a ser os centros da vida e do comercio. Nestes centros o imobilismo social e intelectual que marcou o sistema feudal começa a desaparecer, comerciantes, artesões e artífices ressurgem como classes organizadas, organizações que estavam desaparecidas desde o fim do Império Romano. O conhecimento e a erudição se deslocam para fora dos mosteiros, fazendo florescer uma nova classe de eruditos fora da igreja, agora no ambiente aristocrático. Sendo conseqüência disso o nascimento das primeiras as universidades.


Neste ambiente nasce o movimento literário e poético trovadoresco que foi de imensa importância para cultura ocidental, pois se configurou como um evento inédito na Europa deste a antiguidade. Acredita-se que dois aspectos foram de fundamental importância para o surgimento este movimento: a mobilidade promovida pelo renascimento do comercio. Os costumes, as informações e as idéias passaram a circula com mais freqüência; a afirmação das línguas nacionais (por exemplo: o Provençal no sul ou Langue L’oc e no norte a Langue L’oil da França; o alemão; o castelhano na Espanha; o galaico-portugues). Por volta do final do século XI e inicio do séc. XII, formas poéticas como as Chansons de gesta estavam difundidas com sucesso pela Europa, chegaram a nós alguns exemplos das Chanson de Geste como: Chanson de Roland no reino da França e os Niebelungen no Reino dos Alemães. Outros poemas já tinham inclusive adaptações em diferentes línguas como a Lenda de Tristão e Isolda. Neste período a divisão entre a música sacra e secular não era tão forte os dois gêneros se entrecruzavam com muita naturalmente. Coexistindo neste período, divididos em três categorias principais: Música sacra litúrgica (usada no oficio); Música sacra não litúrgica (canções de exaltação ou usada nas procissões) e Música Secular.   Chanson de Roalnd - Áudio
   


Figura 1 Mapa político da Europa por volta do século XI e XII
A monodia estava plenamente estabelecida como também já havia passado por uma série de desenvolvimentos em termos de forma e escrita melódica e iniciava a trilha em direção à polifonia. Formas como o Conductus monódico foram amplamente difundidas e passaram a ser também utilizadas na música secular e no cancioneiro popular que nasce na Idade Média. Apesar de a música secular medieval prestigiar as línguas nacionais, seus mais antigos registros ainda são em língua latina, o repertoria chamado de Canções dos Goliardos.

Os Goliardos
Associados ao seu mítico patrono o Bispo Golias. Eles eram estudantes e clérigos de vida errante, que perambulavam pela Europa antes do nascimento das grandes universidades sedentárias. Seu estilo de vida era considerado vagabundo e mau visto por muitos, suas canções em língua latim celebravam sua vida errante e delas foram feitas inúmeras coletâneas como a Carmina Burana. Os temas tratados algumas vezes com extrema sutileza em outras não, transitavam em torno do tripé: Mulheres, vinho e sátira (dos costumes, autoridades e etc.). Com seu caráter franco e mordaz desfrutou de uma imensa popularidade no período. Contudo pouco da sua música chegou até nós de forma completa, muito do que temos hoje são reconstituições feitas a partir de varias fontes. Esta dificuldade se dá pela falta de um sistema de notação mais preciso para música dos Goliardos. Goliardos: In taberna quando sumus (Carmina Burana)


A Chanson de Geste; Jograis e os Menestréis

A Chanson de Geste era um poema do gênero épico em língua vernácula que narra feitos heroicos, As
mais antigas Chanson datam de fins do século XI e do início do século XII, muitos destes poemas ficaram famosos como: La Chanson de Roland, Le Pèlerinage de Charlemagne e Galiens li Restorés. Elas são quase 100 anos mais antigas que a poesia lírica dos trovadores e dos mais antigos romances em verso.  Elas foram uma tradição oral registrada em texto apenas num período já tardio, assim boa parte da música que acompanhava as Chansos foi perdida.

 Muitas destas Chansons eram recitas ou cantadas, e em alguns casos representadas. As pessoas que representavam as Chansons eram chamadas de Jograis ou Menestréis, eles eram uma classe de músicos e artistas que perambulavam sozinhos ou em grupos de aldeia em aldeia, castelo em castelo sendo pobremente remunerados, eram considerados páreas na sociedade medieval. Contudo com o desenvolvimento econômico dos séculos XI e XII e a estabilização da sociedade, sua condição melhorou muito. Por volta do meio do século XI, grande parte deles se fixou em cidades e passaram a se organizaram em confrarias, que deram origem a corporações de músicos profissionais, que não só regulamentavam seu trabalho, mas também concediam formação aos músicos.  É importante saber que os menestréis não eram poetas e compositores, eles cantavam, tocavam canções compostas por outros ou extraídas do domínio popular. Contudo, o engenho e sua tradição profissional foram de extrema importância para o desenvolvimento da música secular européia.

Troubadours e Trouvères

As duas palavras têm o mesmo significado: inventores. Troubadours (com o feminino, Trobairitz) em Provençal ou langue d’oc no sul da França e Trouvères em langue de d’oil (dialeto que deu origem ao francês moderno) no norte. Os dois grupos não eram grupos bem definidos, na sua maioria eram formados por membros da nobreza (aristocratas e até reis). É curioso observar que nestes círculos, mesmo as pessoas de nascimento humilde podiam ascender por meio de seu talento. Estes poetas criavam e cantavam suas cantigas ou muitas vezes contratavam menestréis para tal. Muitas das cantigas foram conservadas em coletâneas chamadas de Chansonniers. Mas não existia uma sistematização nos registros, por este motivo, atualmente temos muitas versões diferentes de uma mesma cantiga, pois elas podem variar de acordo com o escriba que as registrou ou até por causa da fonte do registro (um menestrel que aprendeu de cor e com o tempo alterou a melodia ou letra original).

Chegaram até um numero um tanto reduzido de poesias e melodias Troubadours e Trouvères:
Troubadours: 2600 poemas e 260 melodias.
Trouvères: 2130 poemas e 1420 melodias.

A temática poética dos dois grupos não era demasiado profunda, mas era imensa na variedade e o engenho em termos de forma.  Havia principalmente duas categorias de composição: as baladas e as baladas dramáticas estas necessitavam de mais de um interprete e provavelmente eram representadas. O gênero mais cultivado das baladas dramáticas foi a Pastourelle, seu texto sempre apresenta o mesmo enredo: uma jovem pastora encontra o cavaleiro que a corteja, ela resiste, mas ceder ou pede socorro, neste momento surgi o irmão ou namorado da pastora que põem o cavaleiro para corre, não sem que antes haja um combate.

Para os Troubadours o tema mais freqüente era o amor com conotações tanto carnais e sensuais quando místicas e idealizadas, também existiam cantigas que abordavam temas morais e políticos, algumas eram inclusive debates sobre temas do cotidiano, já outras traziam temas amenos como as cantigas de amor cortês. Já os Trouvéres em sua maioria cultivaram um estilo de cantiga com temas religiosos, utilizando muitas formulas da musica secular para exaltar figuras religiosas, isso é possível constata nas cantigas de louvor a Virgem Maria, que apresenta recursos usados na poesia de amor cortês.

Amor Cortês foi uma expressão do pensamento medieval que contemplava: atitudes, mitos e etiqueta para amour courtois ("amor cortês"), foi cunhada por Gaston Paris em um artigo escrito em 1883, "Études sur les romans de la Table Ronde: Lancelot du Lac, II: Le conte de la charrette", um tratado da analise do Lancelote, o Cavaleiro da Carreta (1177) de Chrétien de Troyes. O amour courtois era uma disciplina nobre e idealizadora: O amante (idealizador) aceita a independência de sua senhora e tenta fazer de si próprio merecedor dela, agindo de forma corajosa e honrada (nobre) e fazendo quaisquer feitos que ela deseje. Mas o amor não é totalmente platônico, já que se baseia numa atração sexual.
exaltar o amor. Ela deu origem a vários gêneros da literatura medieval. A expressão

Em termos musicais o tratamento dado as melodias pelos Troubadours e Trouvères era silábica, ou seja, uma nota por silaba, com um pequeno melisma normalmente na penúltima silaba dos versos. Esta regra não impedia que os cantores incluíssem ornamentações durante o canto para que houvesse variedade e contraste entre as melodias, muitas vezes havia uma rápida improvisação entre cada estrofe da cantiga. Existe uma incerteza em relação à métrica e o ritmo das melodias, alguns especialistas acreditam que as notas longas e curtas eram definidas em correspondências as sílabas acentuadas e não acentuadas das palavras.  As melodias não passavam do âmbito de uma sexta e raramente de uma oitava. As cantigas do Trouvères eram relativamente curtas (entre três e cinco compassos numa transcrição moderna em compasso ternário). Suas melodias eram simples e fáceis de decorar, seu ritmo livre, é curioso observar estas cantigas muita afinidade com as canções do folclore francês. Recursos como repetição, variação e contraste são largamente usados para da forma conferindo interesse variedade às melodias das cantigas. Muitas das cantigas do Trouvères apresentam um refrão, que são versos ou pares de versos que são repetidos após cada estrofe cantada, o refrão quando repetido implica da repetição de sua melodia ao longo da cantiga. O refrão como estrutura é importante para o desenvolvimento da forma nas músicas com caráter de dança, pois, acredita-se que este processo possa ter dando origem as cantigas de dança, onde o coro de dançarinos cantava o refrão.
Os Minnesinger e os Meistersinger

Os Troubadours franceses foram o modelo para nobres poetas-compositores alemães, os Minnisinger. Suas canções as minnelieder (minne = amor; lieder = canção) tinham representações mais abstratas do amor que aquelas dos Troubodours, por outro lado outras muitas tinham caráter religioso. Por este motivo as cantigas tinham um estilo mais sóbrio, outro aspecto que indica isso é uso dos modos e modelos rítmicos da música litúrgica em suas melodias, os ritmos obedeciam ao ritmo dos textos (a maior parte das cantigas era em ritmo ternário). Em termos de forma as canções eram estróficas com uma estrutura rígida onde a repetição das frases melódica era cuidadosamente observada.           
Alguns gêneros foram amplamente cultivados dentro do repertorio dos minnesinger como as cantigas de alvorada ou de vigília, onde a personagem principal é o amigo que fica de sentinela, protegendo e alertando os amantes da chegada da alvorada. Tanto na Alemanha como na França foram também escritas muitas cantigas de devoção religiosa inspiradas nas cruzadas. Como as de Walther von der Vogelweide que escreveu, entre outras, Palästinalied (Canção da Palestina) quando seu protetor, Frederico II, partiu para a cruzada. Minnesänger : Walther von der Vogelweide - Under der linden
Palästinalied

A partir do século XIII na França a arte de criação dos Troubadours e Trouvères passou a ser cultivada também pelos primeiros burgueses (neste contexto o termo burguês se aplica para representar os profissionais liberais que viviam nas cidades onde havia centros de comercio, ou burgos). Como reflexo disso, surgiu na Alemanha a classe dos Meistersingers, os sucessores dos Minnesingers a partir do século XIII. Eles se organizaram em corporações em varias cidades alemãs, sendo a mais famosa delas a de Nuremberg (retratada na ópera de Wagner Der Meistersinger Von Nuremberg, 700 anos depois), esta corporação foi tão forte que se dissolveu apenas no século XIX. A música dos Meistersingers tinha regras rígidas de composição que apesar de produzir obras primas nos dar a impressão de serem menos expressiva que dos minnesingers.

Em outros países da Europa também ocorreram movimentos paralelos aos da França dos Troubadours e Trouvères, gerando obras importantes como as Cantigas de Santa Maria de Alfonso X, O sábio, na Espanha. Também formas importantes como as cantigas de amigo, que tem suas origens na Península IbéricaCantigas de Santa Maria - Porque trobar - Prologo


A Música Instrumental
As danças Medievais eram acompanhadas inicialmente pelas cantigas, com o tempo começou a se utilizar dentro das cantigas trechos instrumentais (que repetiam a idéias das clausula dos duplum polifônicos que veremos na próxima apostila) ou versões instrumentais das melodias. A partir do século XIII e XIV começa a se destacar uma forma de música instrumental de dança na Inglaterra e no continente, a estampida (estampie na França e instampite na Itália). As estampidas são os mais antigos exemplos de música instrumental medieval que temos registro. A música instrumental servia apenas para dança, não havia outra aplicação a para ela, a música instrumental só ira se desvincular totalmente da dança no séc. XVII, já no período Barroco.   


O estampie consiste de quatro a sete seções, chamadas punctum, onde cada uma que se repete, veja a formula:
aa, bb, cc, etc.
Há também as chamadas terminações que eram espécies de cadências que tinham duas categorias em duas diferentes: Ouvert [X] (aberto) e Clos [Y] (fechado) elas eram usadas após a declamação da primeira e da segunda estrofe respectivamente. Aqui as estrofes eram chamadas de punctum, deste modo a estrutura pode ser:
a + x, a + y, b + x, B + y, etc.
Às vezes, as mesmas duas terminações são usadas para todos os punctum da estrutura:
A + X, a + y; b + x, b + y, c + X, C + y, etc.

Uma estrutura semelhante foi usada em formas de dança medieval como o saltarello.


O mais antigo exemplo conhecido desta forma musical é a canção "Kalenda Maya", supostamente escrita pelo trovador Raimbaut de Vaqueiras (1180-1207). Todos os outros exemplo conhecidos são puramente instrumentais. Exemplos do século XIV incluem estampies dentro de dramatizações de lendas como Lamento di Tristano, Manfredina, Isabella, Tre Fontane. Embora o estampie seja geralmente monofônica, há exemplo de composições para duas vozes.Kalenda Maya

Instrumentos Medievais
Os instrumentos encontrados na Europa medieval tinham varias origens, alguns como a harpa era uma adaptação da lira romana. Outras tinham sua origem fora da Europa como o alaúde que é árabe. Segue uma rápida lista de instrumentos medievais:
Vielle ou Fiedel instrumento de cordas friccionada, muito comum entre os jograis e menestréis, foi o protótipo da viola renascentista e do violino, e talvez de nossa rabeca, era usado para acompanhar a recitação ou canto.
 
Iconografias de alguns instrumentos musicais medievais  
Saltério era uma espécie de citara que tinhas as cordas percutidas com bicos-de-pena.
Alaúde instrumento de cordas trazido pelos árabes a península ibérica pelos árabes.
Flautas de vários tipos retas ou transversais.
Charamela instrumento de sopro da família do oboé.
Trombetas de uso exclusivos dos nobres.
Gaita de fole instrumento popular universa na Europa.
Vários tipos de tambores usados a partir do século XII nas músicas para dança.
Carrilhão: conjunto de sinos graduados, para ser tocado com martelos de metal.
Cítola ou cistre: instrumento de 4 cordas de arame
Harpa: menor em tamanho que a harpa moderna.
Rebec: instrumento em forma de pêra, com 3 cordas para serem friccionadas por um arco.
Viela de roda: instrumento no qual uma roda movida a manivela fazia as cordas vibrarem, e um teclado em conexão com as cordas melódicas respondia pela diferenciação dos sons.


Lista de alguns importantes Troubadours; Trobairitz e Trouvères:
Bernart de Ventadorn (1130-1180)
Folquet de Marselha (1180-1231)
Gautier De Coincy (1167-1236)
Thibaut De Champagne (1201-1253)
Beatriz condessa de Diá (1190 – 1210)
Adam De La Halle (1240-1287)

Lista de alguns importantes Minnesinger e Meistersinger:
Neidhart Von Reuental (1180-1237)
Tannhaüser (1205-1270)
Walther Von Der Vogelweide (1170-1230)

Península Ibérica:
Alfonso X, O Sábio (1221-1284)

Algumas Fontes Importantes:


Cangé Chansonnier
Cappella Giulia Chansonnier
Chansonnier Cordiforme
Chansonnier du Roi (also Occitan)
Chansonnier Nivelle de la Chaussée
Copenhagen Chansonnier
Dijon Chansonnier
Florentine Chansonnier
Mellon Chansonnier
Seville Chansonnier
Wolfenbüttel Chansonnier
Pergaminho Sharrer (fragment)


 Leitura complementar:

Adam de la Halle (Arras, c. 1237 - Paris, França, entre 1285 e 1288) foi um trovador francês também conhecido como Adam, O Corcunda. É considerado um dos principais percussores da comédia francesa. Mudou-se para Paris, onde aperfeiçoou seu talento em apresentações para a corte francesa. Chegou a acompanhar o rei Carlos I em visitas à Sicília e a Nápoles. Sua obra diferenciou-se em sua época, pois normalmente todas eram fundamentadas no contexto religioso.

Ele escreveu também dezenas de poemas e composições musicais monódica e  numa polifonia primitiva. Entre suas peças para teatro mais conhecidas estão A História de Griseldis, considerada precursora das peças sérias sem a temática religiosa da época, e o Jeu de Robin e Marion, comédia pastoral musicada que é tida como uma das primeiras obras dramáticas francesas, representada por volta de 1285 para corte. Foi também o primeiro músico francês a viajar para a Itália, algo extremante difícil na época. Em sua obra ele cultivou estilos musicais e poéticos como: Rondeaux, motetos e jeux-partis.

Adam estudou gramática, teologia e música na abadia cisterciense de Vaucelles, perto de Cambrai. O pai de Adam o tinha destinado a igreja, mas ele renunciou a essa intenção, e se casou com Maria (que figura em muitas de suas canções). Depois ele se vinculou a família de Robert II, conde de Artois, e, em seguida, foi passou viver sub a proteção de Carlos de Anjou, irmão de Charles IX, cujas aventuras levaram o poeta a segui-lo ao Egito, Síria, Palestina e Itália.

Jeu de Robin et Marion é supostamente o Jeu secular mais antigo com a música encontrado em língua francesa, e é a obra mais famosa de Adam de la Halle.  Adam escreveu o Jeu de Robin et Marion para o corte de Charles I de Nápoles. Ele foi para Nápoles ao serviço de Robert II de Artois. Le Jeu de Robin et Marion (extractos, parte 1)

A história é uma dramatização de um gênero tradicional da canção francesa medieval, o pastourelle. Este gênero normalmente fala de um encontro entre um cavaleiro e uma pastora, freqüentemente chamado Marion. Versão Adam de la Halle da história coloca uma maior ênfase nas atividades de Marion, seu amante Robin e seus amigos depois que ela resiste ao avanço do cavaleiro.


O Jeu é constituído de um diálogo no dialeto Picardian falando na cidade natal de Adam, Arras, os diálogos são intercalados por refrões curtos ou canções em um estilo que pode ser considerado popular. As melodias são têm o caráter de música popular, pois parecem mais espontâneos do que das canções mais elaboradas do autor. 


História da música ocidental - Donald Jay Grout, Claude V. Palisca
Uma Breve História da Música - Roy Bennett
Masterpeices of music before 1750 - Carl Parrish
Music: The Definitive Visual History - Ian Blenkinsop
A Concise History of Western Music - Paul Griffiths
Harvard Dictionary of Music - Willi Apel

PS: Foda-se abnt

Música Barroca instrumental.

Vou nesse texto falar de forma genérica de aspectos da música instrumental do Período Barroco sem me deter a especificidades ou ao rigor de ...